domingo, 6 de janeiro de 2013

Questões discursivas: parte I



Esse é um tópico que deixa muita gente na dúvida se vai encarar um concurso ou não. A maioria das pessoas tem medo das questões discursivas, e os motivos são vários: não saber escrever bem, não conseguir fazer o texto dentro do prazo, não ter um item para analisar, e basicamente ter que partir do zero para dar a resposta. E, considerando que normalmente essas questões/redações têm um peso grande na nota final, a preparação para essa fase da prova é fundamental.

Primeiro, é importante ter uma boa escrita. Os erros de português podem ir detonando com o seu bom desempenho de conteúdo. Para isso, estude muita gramática, leia bastante – de preferência livros de autores brasileiros já consagrados, porque até os jornais hoje em dia estão cheios de erros – para se habituar à forma certa de se escrever; faça cursos, se puder, e pratique pelo menos uma vez por semana. Com uma boa escrita, você tem meio caminho andado.

Segundo, você deve praticar o conteúdo que será cobrado na discursiva (olha a importância de ler o edital). Muitas bancas pedem textos sobre temas da atualidade. Para isso, veja (ou leia) jornal, leia revistas – Época, Carta Capital, Veja, Atualidades para Vestibular e Enem, o que te agradar – e, mais uma vez, pratique pelo menos uma vez por semana. Você pode escrever sobre o conflito entre Palestina e Israel numa semana, sobre desenvolvimento sustentável em outra, e por aí vai. Se o tema da discursiva for de outras matérias, como administração pública ou direito constitucional, experimente responder as questões com os livros e leis do seu lado, colocando no papel o máximo de conteúdo possível. Na hora da prova, provavelmente você se lembrará de uns 60-80%, o que já será suficiente para fazer um ótimo texto.

 "Atualidades para Vestibular e Enem", 20 reais: fácil de ler e cheio de temas que caem em prova. Costumo comer com farinha!


Terceiro, você precisa desenvolver um método rápido de elaboração de textos, para aproveitar bem seu tempo no dia do concurso. Nesse ponto, eu costumo seguir esse passo a passo:
Começar a prova lendo as questões discursivas: como eu já falei em outro post, se eu não faço a mínima ideia do que se trata a questão, jogo a toalha e vou embora. Porém, se eu faço ao menos alguma ideia sobre o tema – ou, melhor ainda, se eu sei exatamente a resposta –, sigo para o passo seguinte.
Esquematizar sua resposta: leio o enunciado, procurando exatamente o que devo responder. Anoto a resposta seca e objetiva, às vezes só as palavras chave. Ao lado, enumero argumentos, exemplos, conclusões (se necessárias). Assim, quando for realmente escrever o texto, já terei um direcionamento, e evito o famoso branco – isso salvou minha pele algumas vezes.
Organizar as ideias em parágrafos: reúno as informações anotadas em blocos, que formarão os parágrafos do meu texto. Dessa forma, posso avaliar se faltam argumentos, se algum parágrafo ficou muito pobre, se tem excesso de informação em algum lugar. Além disso, evito escrever demais e fugir do tema, ou me estender num assunto e me esquecer de escrever algo que considero essencial.
Escrever o texto: provavelmente, nesse momento, já terei feito quase toda a minha prova objetiva, marcado o cartão de respostas, e terei os últimos 40-50 minutos para fazer meu texto. Como as ideias já estão organizadas e já sei inclusive a ordem dos parágrafos, basta escrever tudo na folha de rascunho, utilizando os conectivos, a pontuação – enfim, a gramática. Nessa hora, avalio se está cabendo tudo no espaço dado pela banca, se escrevi algo errado etc.
Passar a limpo: com o texto pronto e as devidas correções que possam ter surgido, passo o texto a limpo para a folha definitiva, já com a noção do tamanho final do meu texto, de quantas linhas utilizei, de quais ideias expressei.

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